24 janeiro, 2011

Belém do Pará

Depois de ir para Curitiba, onde rolou o Workshop de Tattoo de Cadeia, rolou outra oportunidade bem interessante, e que acrescentou bastante nos meus estudos. Fui pra Belém falar da minha pesquisa (tema da minha monografia e deste blog) no Grupo de Pesquisa em Arte: DG – Guerrilhas Estéticas, que é coordenado pelo Profº Dr. Luizan Pinheiro.

Luizan é professor do mestrado do Instituto de Ciência da Arte da UFPA, e já escreve e estuda sobre pixação a mais de 10 anos. [ autor de alguns textos que tive como referência para meus estudos ] Me convidou para inaugurar os eventos de intercâmbio cultural do grupo de pesquisa em 2011, através de Priscila Porto, minha prima, orientanda dele na turma do mestrado, e cujo trabalho também fala da cidade e seus fluxos.

A proposta de abrir um debate sobre PESQUISA EM ARTE e OBJETO CONTEMPORÂNEO, onde eu apresentaria meu trabalho e a metodologia q fui traçando para esses estudos, aconteceu no dia 14 de janeiro, no prédio do I.C.A, que fica na Praça da Republica.





A experiência foi bem dahora! teve a presença de alunos da graduação, do mestrado, pichadores, tatuadores, e demais interessados no assunto, e como não poderia deixar de ser, depois da palestra virou um rolê de stencil.

Junto com meus parcero MANGUE e DIME, fui espalhando o Certificado INMETRO de Prostituta Limpinha, pelas ruas de Belém, num área conhecida como “Zona do Meretrício”, justamente por ser ponto comum de prostitutas e bordeis. E com a ajuda do Paulo Cezar e Luciana Magno (mestrandos da UFPA) fiz registros da ação.








fotos: 1 e 4 Luciana Magno; 2 e 3 Taiom; 5 Paulo Cezar



Confere aí um pouco da fala de Luizan sobre a pixação:



e segue tbm um link de uma pequena reportagem que rolou sobre essa experiência na capital do Pará.




04 janeiro, 2011

WorkShop de TATUAGEM DE CADEIA - Máquina de Tatuagem Caseira

O Workshop sobre TATUAGEM DE CADEIA, que rolou lá em Curitiba foi bem dahora! Foram mais de 20 inscritos que receberam uma introdução nesse universo marginal, que começou com uma mostra dos 3 grupos que selecionei para estudar, e que já foram apresentados aqui no blog. ( CARANDIRU, MARAS, VORY )

Falamos também sobre símbolos e significados, e como que vão se formando ou se transformando através do tempo. Assim como a linguagem, que está em constante transformação e muda também conforme o contexto, os códigos de organizações criminais também se adaptam a novos interesses e situações.

Assim como um mesmo símbolo, a referência visual, pode ter diferentes leituras de acordo com o grupo que interpreta, ou com a época em que foi escrito, ou lido, um mesmo significado pode ter diferentes formas, diferentes ícones, que também variam de acordo com o tempo e o espaço. Estes aspectos tornam a “leitura” dos códigos criminais um tanto subjetiva...

Outro ponto forte do workshop foi a construção de uma máquina de tatuagem com materiais comuns. Não vou ensinar aqui como montar uma maquina detalhadamente, mas deixo com vocês as ilustrações que acompanham a apostila que foi dada no workshop. Não tem muito segredo, acho que dá pra captar o essencial.

Alguns materiais que podem ser usados na confecção de uma máquina de tatuar.

- lapiseira 0,7 ou de numeração maior.

- colher ou garfo velho.

- fita isolante.

- agulha de costura.

- fio-dental.

- tinta nankin.

- isqueiro.

- tesoura e estilete.

- carregador de celular (que não tenha mais uso).

- motor de rotação (pode ser encontrado em carrinhos de controle remoto, vídeos-cassete, toca-fitas, escova de dente elétrica, micro ventilador, maquina de barbear, etc...).